domingo, 17 de fevereiro de 2019

O CAPITALISMO MATA

Como é cruel ter que ver isso na tela da TV
E olha que eu tenho evitado olhar!

Pelo meu olhar são casos de homicídio em massa!

Isso é Capitalismo, também.

REFAZER-SE NO COTIDIANO

Hoje penso
Uma parte de mim se modifica
Apenas cuido para que seja para melhor

RETRATOS SOCIAIS - 28/11/2018

Na reportagem mostrava uma ação policial na Cracolândia de São Paulo.
A primeira coisa que me causou estranhamento foi a razão do "policial" ao invés do social.
Tinham cães farejadores.
Um policial de botina.
Um colchonete fino no chão.
E um lençol bem esticado.
O local pobre e um lençol bem esticado.
A cena continua.
O policial levanta o lençol e desfaz a cama.
A sequência mostra não se tratar de um colchonete fino, mas de dois colchonetes finos e pequenos alinhados para dar um comprimento maior.
Nova cena.
Agora é o policial, a botina e o cão andando em cima de um outro colchonete fino, agora de casal, e novamente com lençol esticado e com um travesseiro.
Uma nova cama desfeita por botinas e patas provavelmente sujas.
Em uma sociedade que se apresenta como tão moderna, tão democrática, tão religiosa, é este o modelo de enfrentamento do problema de saúde que ela orgulha em mostrar no noticiário de TV?
As coisas não estão nada bem!
E penso que não é um problema de lençol, pois ele estava esticado.

sábado, 16 de novembro de 2013

INTERIOR

A ida ao interior
Me transportou a um tempo...
Um tempo anterior.




 





 Município de Presidente Figueiredo

sexta-feira, 29 de março de 2013

O DIA EM QUE EU DESEJEI SER POETA!

Foi um dia desses.
Na verdade, ontem!

Para mim era certo... se as imagens que vi chegassem aos olhos de um poeta, sairia uma belíssima obra literária!

A balsa era puro movimento.
Senti, de pronto, que ali a vida pulsava com uma intensidade especial.

De longe fui atraída até a beira do rio.
Os barcos mostravam-se altivos, posicionados muito próximos à pista.
O sol a pino.
O calor intenso.
E o som da rádio local.

Eu me aproximei e vi a luz que cintilava sobre as águas calmas e escuras que desciam para formar o Amazonas.
Meu coração batia fortemente diante daquela paisagem, que para mim era inusitada.
Imagem que me deixou paralisada, apoiada na sacada do Negro.

Barco que saia, barco que chegava. 
Barco grande e voadeira.
Todos compartilhando o mesmo ambiente.

Sim, a balsa... 
Nela observava um trânsito que passava de tudo: tomate, piso e argamassa.
Mandioca, fralda, papel higiênico e liquidificador.
Televisão moderna, rádio antigo e óculos de sol...
Cada coisa!!!!
Cada coisa que ia se instalando em cada canto, em cada porão... e para cada uma encontrava-se um espaço.

Ah! As pessoas...
Embarcavam por meio de estreitas tábulas de madeira.
Crianças, jovens, adultos e idosos.
E em todas era marcante: as pernas fortes, o equilíbrio, a precisão  e a determinação de cada movimento executado.

As mães se instalavam!
Acomodavam suas malas.
Acomodavam suas cargas.
Acomodavam suas proles.

Pessoas que fizeram parar, para simplesmente admirar!

Cada gancho de rede começava a ser ocupado na embarcação que sairia somente as dezoito.
E todos os ganchos já estavam ocupados naquelas, que como eu, teriam que partir naquele momento.