Como é cruel ter que ver isso na tela da TV
E olha que eu tenho evitado olhar!
Pelo meu olhar são casos de homicídio em massa!
Isso é Capitalismo, também.
Olhares e Conversas
domingo, 17 de fevereiro de 2019
REFAZER-SE NO COTIDIANO
Hoje penso
Uma parte de mim se modifica
Apenas cuido para que seja para melhor
Uma parte de mim se modifica
Apenas cuido para que seja para melhor
RETRATOS SOCIAIS - 28/11/2018
Na reportagem mostrava uma ação policial na Cracolândia de São Paulo.
A primeira coisa que me causou estranhamento foi a razão do "policial" ao invés do social.
Tinham cães farejadores.
Um policial de botina.
Um colchonete fino no chão.
E um lençol bem esticado.
O local pobre e um lençol bem esticado.
A cena continua.
O policial levanta o lençol e desfaz a cama.
A sequência mostra não se tratar de um colchonete fino, mas de dois colchonetes finos e pequenos alinhados para dar um comprimento maior.
Nova cena.
Agora é o policial, a botina e o cão andando em cima de um outro colchonete fino, agora de casal, e novamente com lençol esticado e com um travesseiro.
Uma nova cama desfeita por botinas e patas provavelmente sujas.
Em uma sociedade que se apresenta como tão moderna, tão democrática, tão religiosa, é este o modelo de enfrentamento do problema de saúde que ela orgulha em mostrar no noticiário de TV?
As coisas não estão nada bem!
E penso que não é um problema de lençol, pois ele estava esticado.
A primeira coisa que me causou estranhamento foi a razão do "policial" ao invés do social.
Tinham cães farejadores.
Um policial de botina.
Um colchonete fino no chão.
E um lençol bem esticado.
O local pobre e um lençol bem esticado.
A cena continua.
O policial levanta o lençol e desfaz a cama.
A sequência mostra não se tratar de um colchonete fino, mas de dois colchonetes finos e pequenos alinhados para dar um comprimento maior.
Nova cena.
Agora é o policial, a botina e o cão andando em cima de um outro colchonete fino, agora de casal, e novamente com lençol esticado e com um travesseiro.
Uma nova cama desfeita por botinas e patas provavelmente sujas.
Em uma sociedade que se apresenta como tão moderna, tão democrática, tão religiosa, é este o modelo de enfrentamento do problema de saúde que ela orgulha em mostrar no noticiário de TV?
As coisas não estão nada bem!
E penso que não é um problema de lençol, pois ele estava esticado.
sábado, 16 de novembro de 2013
INTERIOR
sexta-feira, 29 de março de 2013
O DIA EM QUE EU DESEJEI SER POETA!
Foi um dia desses.
Na verdade, ontem!
Na verdade, ontem!
Para mim era certo... se as imagens que vi chegassem aos olhos
de um poeta, sairia uma belíssima obra literária!
A balsa era puro movimento.
Senti, de pronto, que ali a vida pulsava com uma intensidade
especial.
De longe fui atraída até a beira do rio.
Os barcos mostravam-se altivos, posicionados muito próximos à
pista.
O sol a pino.
O calor intenso.
E o som da rádio local.
Eu me aproximei e vi a luz que cintilava sobre as águas
calmas e escuras que desciam para formar o Amazonas.
Meu coração batia fortemente diante daquela paisagem, que para
mim era inusitada.
Imagem que me deixou paralisada, apoiada na sacada do Negro.
Barco que saia, barco que chegava.
Barco grande e voadeira.
Todos compartilhando o mesmo ambiente.
Sim, a balsa...
Nela observava um trânsito que passava de
tudo: tomate, piso e argamassa.
Mandioca, fralda, papel higiênico e liquidificador.
Televisão moderna, rádio antigo e óculos de sol...
Cada coisa!!!!
Cada coisa que ia se instalando em cada canto, em cada
porão... e para cada uma encontrava-se um espaço.
Ah! As pessoas...
Embarcavam por meio de estreitas tábulas de madeira.
Crianças, jovens, adultos e idosos.
E em todas era marcante: as pernas fortes, o equilíbrio, a
precisão e a determinação de cada
movimento executado.
As mães se instalavam!
Acomodavam suas malas.
Acomodavam suas cargas.
Acomodavam suas proles.
Pessoas que fizeram parar, para simplesmente admirar!
Cada gancho de rede começava a ser ocupado na embarcação que
sairia somente as dezoito.
E todos os ganchos já estavam ocupados naquelas, que como
eu, teriam que partir naquele momento.
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