25 de janeiro de 2011.
Vôo JJ3540.
O Comandante informa que foi autorizado o pouso no aeroporto de Manaus.
Surpreendi-me... Pois da minha poltrona (que era a terceira em relação à janela) eu só via um imenso Tapete Verde.
Fui me certificar... Perguntei a minha filha mais velha: Você está vendo a cidade?
E de forma bem direta, ela me respondeu: Não.
Passaram-se mais alguns segundos, o que para um avião em movimento significa uma boa distância... E a visão era a mesma. Só Floresta!
Conforme me aproximava, aquele imenso “Organismo Verde” parecia que ia se apossando do meu sentimento, e a sensação era a de que era a Floresta me recepcionava no novo local... E que, nitidamente, sentia que a vida e a energia pulsavam em grande intensidade.
Saída de um grande centro urbano há poucas horas antes, senti na pele e no coração a força da natureza que ali se apresentava soberana e majestosamente.
Não parecia a chegada a um local desconhecido, mas sim o retorno a um local muito familiar.
Tão familiar quanto a um útero materno, local que não vimos, mas que o sentimos como de aconchego e de segurança.
Um retorno a mãe... A Mãe Natureza!
Retornar: voltar ao ponto de onde partiu.
Sinto o retornar como uma possibilidade de refletir e reformular o necessário para seguir, quem sabe, um pouco melhor.
Voltei à realidade, pois minha filha me diz: Mãe acho que eu estou vendo uma casa!
Eu me estiquei, e neste momento já estávamos bem próximo do aeroporto, que de repente aparecera em meio à imensa Floresta!
Paisagem linda! Bem diferente do nosso sudeste
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