domingo, 6 de fevereiro de 2011

MANAUS - GUIA DE SOBREVIVÊNCIA 1

Quem acompanhou os momentos que antecederam a minha saída do Sudeste sabe que um dos principais pontos comentados era a questão do alto custo de vida que encontraria na nova cidade.
Pesquisas locais, buscas na internet, perguntas pessoais se tornaram fonte de informação na preparação para a partida.
Já cheguei!
E aí? Era aquilo mesmo? Muitos de meus amigos devem estar se indagando.
Então tentarei passar um panorama do “quadro”!
Aquela história de patinho (carne bovina) a R$30,00, acelga R$7,00, tomate... É verdade!!!!
E logo me aconselharam a nem começar a comparar.
Antes que batesse o desespero total, não saía da minha cabeça: mas existe pobre em todos os lugares tem que ter um jeito de sobreviver!
Aí comecei a perguntar diretamente para a população local, gente da terra, gente que nasceu e que vive por aqui.
Os meus alvos foram: os amigos que nos receberam, atendentes de supermercado, gerente de loja...
Quem eu olhasse na rua que tivesse um ar de boa prosa, ou ainda para aquele que me perguntasse se eu não era daqui... Abria logo a minha seqüência de perguntas: Aonde você faz compras? Que tipo de legumes, frutas e verduras costumam consumir? E por aí eu ia como se já conhecesse a pessoa há tempos.
Meu esposo costuma dizer que eu puxo a conversa com as pessoas na rua (fato que eu sempre neguei alegando que eu estava quieta e eles é que puxavam a conversa comigo). Minha filha mais velha reforçava: mãe eles puxam conversa porque a senhora fica rindo para eles...
Mas desta vez, meus amigos, eu tenho que admitir: eu é que puxava o papo; apenas tentando me controlar para não atrapalhar o serviço deles. Rs. Rs.
Acho que consegui, pois outro dia voltei ao supermercado onde conversei com a tendente, e ela ainda estava trabalhando lá. É claro que eu tive que escolher o caixa onde ela estava trabalhando, que embora estivesse com a fila maior, eu precisava dar o retorno das informações que ela havia me passado, concorda?
Bom, vamos voltar ao caso em questão.
Com base nas informações colhidas conclui o seguinte:
  • Os preços citados acima correspondiam a dois supermercados, que é muito freqüentado pela elite local, ou por aqueles que não vão abrir mão da qualidade de produtos, boa apresentação e ótimo atendimento. Esses supermercados inclusive são abastecidos por uma colônia de japoneses que tem toda uma técnica de produção que garante à qualidade do alimento oferecido, e acoplado a qualidade, vêm os preços mais elevados.
  • Existe ainda uma rede de mercado (que também tem no sudeste) e outra rede que parece ser do local que trazem seus produtos de fora da região, por isso é comum você encontrar uma banana cara, gelada e amassada. E como seus produtos vêm de fora o preço também é elevado, mas não tanto como no primeiro caso. Nessas duas redes, assim como por aí, existem dias que tem promoção de frutas, promoção da carne, promoção do arroz, etc.

Nesse caso, por exemplo, eu já encontrei o contra-filet a R$15,90, o músculo R$11,00 e para determinados produtos é interessante abrir mão da marca para poder pegar a oferta!
  • Em caso de peixes e hortifruti existem as feiras próximas ao rio e a feira que a cada dia está em um bairro. Essas feiras foram as que, até agora se aproximaram mais da minha realidade orçamentária.

Realidade esta, que incluí duas crianças em fase de crescimento, uma escola que em relação à escola anterior é o dobro do preço, mas que foi necessária em uma tentativa de manter a qualidade, que é de nível médio se comparada a SP e RJ.
  • Em relação ao material escolar existe uma rede de livraria que, pela internet, atende a todo território nacional e que não estava cobrando frete, então pude pegar os mesmos valores dos grandes centros nacionais.

Vou colocar fotos da feira da beira do rio, vocês poderão ver que a apresentação é bem popular, existe uma tentativa da Prefeitura de implementação de melhorias, mas que ainda não entraram em vigor.
Em contrapartida eu encontrei uma cambada de peixes a R$10,00(cambada = vara aonde vinham 10 peixes espetados) e uma palma de banana a dois reais (banana do estilo pequeno, pois é de produção local), alface a R$2,00, e por aí eu fiz as minhas compras.
O prato do dia estava garantido!

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